Idade Média

Durante a decadência do Império Romano, as tribos germânicas que penetraram na Europa vindas do leste introduziram o estilo animalista, de tradição antiga entre os povos bárbaros (não romanos). Essas culturas utilizavam na ourivesaria técnicas de granulação, repuxos e gravação encastoando pedras, produzindo efeitos policromáticos.

Outra influência vem da cultura dos Impérios Carolíngio e otomano, que, assim como o estilo bizantino, utilizavam largamente gemas, inclusive bordadas em túnicas, adornadas por majestosas joias, caracterizadas pelo esplendor na combinação de formas complexas, utilizando filigrana, quase sempre formando mosaicos (safiras, rubis, esmeraldas, diamantes, turquesas e pérolas). O polimento dessas pedras era feito com areia dura em formato plano ou cabochão.

A queda do Império Romano dá início à Idade Média; período que dura mais ou menos 1000 anos, marcado pela influência da Igreja sobre o homem. O alto clero detinha riqueza, domínio político e conhecimento.

No início da Idade Média, eram clássicas as pedras safira, esmeralda, rubi e diamante que, juntamente com os topázios e turquesas, marcavam a principal influência bizantina nas joias da Europa. Já no século XIII essa influência se diluíra, dando lugar às pedras clássicas e às pérolas que ressaltavam os contrastes coloridos. Vem deste período o surgimento da técnica de lapidação, que teve seus primeiros registros encontrados na região da Índia. Vem deste período também o surgimento dos joalheiros especializados; para evitar práticas desonestas de falsificação ou alteração das características das pedras, surgem várias leis reguladoras para ourives e joalheiros.

Símbolo dos tempos, os estilos e tipos de joias também mudaram, surgindo peças pesadas e coroas. Para o cabelo e para as roupas, usavam-se broches. Para o torço, havia colares mais leves com pingentes que serviam como amuleto para proteção.

GÓTICO

Por volta de 1200, diminuíram o uso das pedras, e aperfeiçou-se a lapidação com facetas. Há registros de diamantes facetados no século IX em Veneza, embora outras pesquisas afirmem que somente no século XV esta lapidação tenha sido desenvolvida, tendo permanecido em rigoroso segredo por longo período.

Enquanto na Itália se prolongava a influência bizantina e na Espanha a moura, no resto da Europa o estilo verticalizado das igrejas góticas influenciou o design das joias, até que, por volta de 1440-1450, ficaram mais “espiritualizadas”, principalmente em Paris. As formas mais leves e angulares substituíram as pesadas joias antigas. Nesse tempo era usual o uso de “letras mágicas” e invocações de significados às vezes secretos, ligados ao oculto ou ao sagrado.

CRUZ EM ESTILO GOTICO
CRUZ EM ESTILO GOTICO

Egito e Africa

Entre 3000 e 2500 a.C., formou-se a base da cultura egípcia. Suas crenças e ideias artísticas permanecem muito fortes e vivas basicamente até hoje, e influenciaram profundamente as culturas grega e romana.

Pelo clima seco, típico da região, grande parte de seu legado foi conservada, e, em suas tumbas, foi possível encontrar intactos anéis, broches, brincos, colares, diademas, peitorais, leques, máscaras, em ouro puro e maciço, adornados com turquesas, lápis-lazúlis, e também esmaltados com lâminas de ouro e embutimento em pressão. As técnicas de ourivesaria demonstravam profunda e extrema habilidade, afinal, para eles, o ouro representava o sol – sua divindade máxima.

As manifestações da joalheria em território grego começaram no período Minóico Médio (2.000 a 1.800 a.C.) com grandes progressos na ourivesaria. Mas muito pouco se sabe sobre o que exatamente ocorreu na região antes de 800 a. C., período de ascensão e desenvolvimento do mais antigo estilo artístico caracteristicamente grego.

No terreno joalheiro, a arte grega desenvolveu-se em três fases marcantes. A primeira, a Fase Arcaica, que vai de 600 a 475 a. C., caracteriza-se por um período de severas leis gregas contra o ostensivo luxo, gerando assim joias simples. É um período de motivos florais, caracterizado pela substituição da granulação pela filigrana. A segunda fase, a Fase Clássica,vai de 475 a 330 a.C., e tem como fortes características as guirlandas imitando folhas naturais. E, na última fase, a Fase Helenística (330 a 27 a.C.), o grande crescimento da produção filosófica norteia a vida e a produção artística na Grécia. E aquilo que representava este desenvolvimento do pensamento e da arte à época eram as esculturas. A joalheria evidencia o domínio da arte da representação de figuras humanas em brincos, pulseiras e colares. É neste período que floresce a técnica do Camafeu, que se caracteriza como um trabalho em relevo, realizado sobre pedras duras, para que se obtenham efeitos coloridos. Com esta técnica,foram feitos alfinetes, engastes de anéis e objetos utilitários.

Junto com o crescimento e a especialização da técnica e do conhecimento, surgiu também a briga por territórios. Em 334 a.C., Alexandre, o Grande, conquistou o Império Persa. Com a conquista, vieram as homogeneizações, inclusive na joalheria. As tradições egípcias e gregas, que até então coexistiam, deram lugar ao estilo helenístico metropolitano.

As manifestações da joalheria em território grego começaram no período Minoico Médio (2.000 a 1.800 a.C.) com grandes progressos na ourivesaria. Mas muito pouco se sabe sobre o que exatamente ocorreu na região antes de 800 a. C., período de ascensão e desenvolvimento do mais antigo estilo artístico caracteristicamente grego.

No terreno joalheiro, a arte grega desenvolveu-se em três fases marcantes. A primeira, a Fase Arcaica, que vai de 600 a 475 a.C., caracteriza-se por um período de severas leis gregas contra o ostensivo luxo, gerando assim joias simples. É um período de motivos florais, caracterizado pela substituição da granulação pela filigrana. A segunda fase, a Fase Clássica, vai de 475 a 330 a.C., e tem como fortes características as guirlandas imitando folhas naturais. E, na última fase, a Fase Helenística (330 a 27 a.C.), o grande crescimento da produção filosófica norteia a vida e a produção artística na Grécia. E aquilo que representava este desenvolvimento do pensamento e da arte à época eram as esculturas. A joalheria evidencia o domínio da arte da representação de figuras humanas em brincos, pulseiras e colares. É neste período que floresce a técnica do Camafeu, que se caracteriza como um trabalho em relevo, realizado sobre pedras duras, para que se obtenham efeitos coloridos. Com esta técnica, foram feitos alfinetes, engastes de anéis e objetos utilitários.

Com o crescimento e a especialização da técnica e do conhecimento, surgiu também a briga por territórios. Em 334 a.C., Alexandre, o Grande, conquistou o Império Persa. Com a conquista, vieram as homogeneizações, inclusive na joalheria. As tradições egípcias e gregas, que até então coexistiam, deram lugar ao estilo helenístico metropolitano.

Admiradores da arte grega, os romanos importaram seus fundamentos estéticos. Deixaram vasta quantidade de informações a respeito de sua época, seu povo e sua cultura, devido ao seu imenso legado literário, fruto dos desejos imperiais de posteridade.

A partir do exame das peças da época, percebe-se que as joias eram de uso comum, fruto do nascimento de uma nova classe. Contavam com trabalhos de diferentes artistas do mundo de então, conquistado pelo Império. Muito populares à época eram as pedras coloridas, em especial, esmeraldas, pérolas e safiras.

Quando Roma começou a florescer, a cidade atraiu artesãos talentosos que criaram larga variedade de joias em ouro. Posteriormente, o uso do ouro em Roma expandiu-se para artigos domésticos e mobílias nas casas das classes mais altas.

Mas a abertura e a decadência eram previstas do Império; assim como seu tamanho excessivo, permitiram a chegada de novas tradições, novas religiões e novos costumes. Como proteção das invasões dos bárbaros, transferem sua capital para Bizâncio, aproximando-se do Oriente, mas mantêm sua inclinação para as questões do cristianismo. Foi neste período, sob o governo de Constantino, que a joalheria começou a direcionar-se para os temas religiosos, com formas mais fortes e completas, com uso de diamantes, esmeraldas e pérolas.

No início dos 3000 a. C. começavam a surgir as primeiras civilizações. Troianos, tinitas e sumérios iniciavam sua saga definindo territórios, cultos e culturas, fazendo surgir novos ofícios, como o de médico, sacerdote, astrônomo e vidente, criando lastros místicos entre o homem e a natureza.

Escavações arqueológicas sugerem que o uso do ouro começou no Oriente Médio, onde surgiram as primeiras civilizações conhecidas. As jóias de ouro mais antigas foram encontradas na tumba da Rainha egípcia Zere e da Rainha Puabi de Ur, na Suméria.

Em várias civilizações, a Idade do Ouro foi marcada como um período de grande abundância. É o período em que começaram a ser descobertas pepitas de ouro na natureza no estado de “pronto para usar”. O metal descoberto, tão semelhante ao sol por seu brilho, tinha características riquíssimas e profundamente novas. Não oxidava, fundia-se a si mesmo e tinha um valor ornamental sem igual. Por sua qualidade e beleza únicas, o ouro tornou-se um dos primeiros objetos ligados culturalmente e misticamente à ideia de conexão com o “outro lado”, uma dádiva vinda dos deuses e um ótimo presente para estes mesmos deuses, uma forma de conectar-se aos mortos, uma oferenda.

Joias na antiguidade