No início do século XVII, a grande maioria das joias que existiam no Brasil eram importadas de Portugal. Com o tempo, artistas de diferentes lugares passaram a desenvolver peças com materiais encontrados aqui. São geralmente peças com motivos ingênuos mas com plasticidade e rigor artístico; uma joalheria que se destinava às famílias abastadas dos senhores de engenhos ou dos burgueses enriquecidos.
As joias coloniais tem papel utilitário de reafirmação da riqueza dos donos da terra; serviam como enfeite para escravos em festas pelas cidades e também como adorno para as imagens de santos nas procissões. Uma forma de amostra em situações sociais.
É mais ou menos em 1550, período em que o regimento dos ourives da cidade de Lisboa havia criado um sistema de exames, ditando peças obrigatórias, postulando exigências acerca da marcação destas peças e fiscalizando os prateiros, que se tem notícia do primeiro ouro achado na Colônia. E a partir do século XVII, começam a vir ourives da Metrópole. Um fato engraçado é que, neste período a maioria dos artesãos era composta de escravos, multados e índios, que aprendiam muito rapidamente aquelas habilidades e as desenvolvia com desenvoltura.