Antiguidade

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Entre 3000 e 2500 a.C., formou-se a base da cultura egípcia. Suas crenças e ideias artísticas permanecem muito fortes e vivas basicamente até hoje, e influenciaram profundamente as culturas grega e romana.

Pelo clima seco, típico da região, grande parte de seu legado foi conservada, e, em suas tumbas, foi possível encontrar intactos anéis, broches, brincos, colares, diademas, peitorais, leques, máscaras, em ouro puro e maciço, adornados com turquesas, lápis-lazúlis, e também esmaltados com lâminas de ouro e embutimento em pressão. As técnicas de ourivesaria demonstravam profunda e extrema habilidade, afinal, para eles, o ouro representava o sol – sua divindade máxima.

As manifestações da joalheria em território grego começaram no período Minóico Médio (2.000 a 1.800 a.C.) com grandes progressos na ourivesaria. Mas muito pouco se sabe sobre o que exatamente ocorreu na região antes de 800 a. C., período de ascensão e desenvolvimento do mais antigo estilo artístico caracteristicamente grego.

No terreno joalheiro, a arte grega desenvolveu-se em três fases marcantes. A primeira, a Fase Arcaica, que vai de 600 a 475 a. C., caracteriza-se por um período de severas leis gregas contra o ostensivo luxo, gerando assim joias simples. É um período de motivos florais, caracterizado pela substituição da granulação pela filigrana. A segunda fase, a Fase Clássica,vai de 475 a 330 a.C., e tem como fortes características as guirlandas imitando folhas naturais. E, na última fase, a Fase Helenística (330 a 27 a.C.), o grande crescimento da produção filosófica norteia a vida e a produção artística na Grécia. E aquilo que representava este desenvolvimento do pensamento e da arte à época eram as esculturas. A joalheria evidencia o domínio da arte da representação de figuras humanas em brincos, pulseiras e colares. É neste período que floresce a técnica do Camafeu, que se caracteriza como um trabalho em relevo, realizado sobre pedras duras, para que se obtenham efeitos coloridos. Com esta técnica,foram feitos alfinetes, engastes de anéis e objetos utilitários.

Junto com o crescimento e a especialização da técnica e do conhecimento, surgiu também a briga por territórios. Em 334 a.C., Alexandre, o Grande, conquistou o Império Persa. Com a conquista, vieram as homogeneizações, inclusive na joalheria. As tradições egípcias e gregas, que até então coexistiam, deram lugar ao estilo helenístico metropolitano.

Admiradores da arte grega, os romanos importaram seus fundamentos estéticos. Deixaram vasta quantidade de informações a respeito de sua época, seu povo e sua cultura, devido ao seu imenso legado literário, fruto dos desejos imperiais de posteridade.

A partir do exame das peças da época, percebe-se que as joias eram de uso comum, fruto do nascimento de uma nova classe. Contavam com trabalhos de diferentes artistas do mundo de então, conquistado pelo Império. Muito populares à época eram as pedras coloridas, em especial esmeraldas, pérolas e safiras.

Quando Roma começou a florescer, a cidade atraiu artesãos talentosos que criaram larga variedade de joias em ouro. Posteriormente, o uso do ouro em Roma expandiu-se para artigos domésticos e mobílias nas casas das classes mais altas.

Mas a abertura e a decadência eram previstas do Império; assim como seu tamanho excessivo, permitiram a chegada de novas tradições, novas religiões e novos costumes. Como proteção das invasões dos bárbaros, transferem sua capital para Bizâncio, aproximando-se do Oriente, mas mantêm sua inclinação para as questões do cristianismo. Foi neste período, sob o governo de Constantino, que a joalheria começou a direcionar-se para os temas religiosos, com formas mais fortes e completas, com uso de diamantes, esmeraldas e pérolas.

 

No início dos 3000 a. C. começavam a surgir as primeiras civilizações. Troianos, tinitas e sumérios iniciavam sua saga definindo territórios, cultos e culturas, fazendo surgir novos ofícios, como o de médico, sacerdote, astrônomo e vidente, criando lastros místicos entre o homem e a natureza.

Escavações arqueológicas sugerem que o uso do ouro começou no Oriente Médio, onde surgiram as primeiras civilizações conhecidas. As jóias de ouro mais antigas foram encontradas na tumba da Rainha egípcia Zere e da Rainha Puabi de Ur, na Suméria.

Em várias civilizações, a Idade do Ouro foi marcada como um período de grande abundância. É o período em que começaram a ser descobertas pepitas de ouro na natureza no estado de “pronto para usar”. O metal descoberto, tão semelhante ao sol por seu brilho, tinha características riquíssimas e profundamente novas. Não oxidava, fundia-se a si mesmo e tinha um valor ornamental sem igual. Por sua qualidade e beleza únicas, o ouro tornou-se um dos primeiros objetos ligados culturalmente e misticamente à ideia de conexão com o “outro lado”, uma dádiva vinda dos deuses e um ótimo presente para estes mesmos deuses, uma forma de conectar-se aos mortos, uma oferenda.

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