Comércio

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Na Índia, o conhecimento e o comércio organizado de diamante já existiam antes do contato com o europeu da Renascença. Tendo os gregos e o império romano chegado a essa região em período anterior, já se encontravam joias com diamantes nessas culturas.

Mais tarde, diamantes indianos foram trazidos à Europa por agentes de companhias comerciais, patrocinadas pelos respectivos estados nacionais como afirmação de soberania e poder econômico, entre elas as companhias das Índias Orientais inglesa, holandesa e francesa.

A descoberta de diamantes na região de Diamantina (MG), em meados de século XVIII, teve forte impacto no mercado pela quantidade que foi extraída em seguida. A regulamentação, baseada em controle estatal e trabalho escravo foi bem diferente do regime indiano.

O único alento para o escravo era achar uma pedra com mais de 12 quilates, a recompensa seria sua liberdade. Mesmo hoje com a mineração moderna, pedras desse porte são menos frequentes na região de Diamantina do que em outras localidades do país.

A coroa portuguesa nomeava concessionários, chamados de contratadores, que só poderiam vender ao estado trocando os diamantes por títulos em papel com valor equivalente em ouro. Como esses títulos tinham valor garantido pela coroa, eram aceitos por todos em qualquer lugar para a troca por mercadorias, propriedades e serviços. Essas “notas de diamante e ouro” são consideradas as primeiras cédulas brasileiras.

Naturalmente, onde há muita restrição nasce o mercado negro, existindo bastante mineração clandestina e contrabando nesse período.

Até o terceiro quarto do século XIX, o Brasil teve uma produção relevante, principalmente após 1832, com a liberação das áreas de extração e o fim do sistema de monopólio estatal, em crise profunda causada pela burocracia e corrupção e pelos desvios através do forte contrabando.

As descobertas na África afetaram a mineração brasileira no final do século XIX, pelo maior rendimento se suas jazidas que permitiram a queda dos preços no mercado mundial. O diamante na África logo é associado à DeBeers que, no entanto, nas últimas décadas do século XX viu dominuído seu poder e do controle sobre o mercado primário do diamante.

Na Austrália, a Argyle explora uma grande reserva desde a década de 80. Já no Canadá, foram descobertos diamantes de boa qualidade em Kimberlitos. O Canadá e a Austrália são o berço de muitas empresas que captaram recursos em bolsa para explorar diamantes no próprio país e principalmente mundo afora, inclusive no Brasil. Podemos também citar o israelense Lev Leviev e, posteriormente, os chineses.

Nos séculos XX e XXI, a tecnologia também foi foco para novos negócios eações no setor, tais como as tentativas de sintetizar diamantes e a criação de novas técnicas de lapidações.