Uma aura de mistério e fascinação envolve o rubi, a variedade vermelha do mineral coríndon e uma das mais encantadoras gemas. Seu nome deriva do latimruber, em alusão a sua cor, sendo a exuberante tonalidade vermelha levemente purpúrea, denominada sangue de pombo, a mais apreciada.
Sua cor deve-se ao elemento cromo, presente como impureza, ainda que em proporções diminutas; e o rubi se constitui de óxido de alumínio (Al2O3), possuindo dureza muito elevada, inferior apenas à do diamante.
O rubi pode apresentar um fenômeno óptico denominado asterismo ou efeito-estrela, que consiste no aparecimento de 3 raios sedosos e ondulantes, dando lugar a uma estrela de 6 pontas, devido à reflexão total da luz em inclusões do mineral rutilo.
As principais fontes de rubis, tanto atuais como históricas, estão situadas no Oriente e, em particular, em Mianmar, a antiga Birmânia, onde são encontrados os exemplares de melhor qualidade, principalmente nas localidades de Mogok e MongHsu, além do Cambódia e da Tailândia. As gemas procedentes da Índia e da África (Tanzânia, Quênia e Madagascar) destinam-se à produção de cabochões, por geralmente serem menos transparentes.
O rubi adquire cor mais intensa mediante diversos tipos de tratamentos, corriqueiramente realizados nos próprios países de origem, sobretudo na Tailândia, seu principal centro de comercialização. Estes tratamentos provocaram um forte impacto no mercado de rubis, uma vez que praticamente toda pedra bruta pode a eles ser submetida, o que tem ocasionado um excesso de oferta e conseqüente queda de preços.
O rubi é obtido também por síntese, desde 1904, e exemplares desta natureza são vistos com enorme frequência no mercado de gemas sintéticas brasileiro, apesar de não serem produzidos no país. Os rubis sintéticos são produzidos por vários métodos e o principal deles fornece exemplares que se diferenciam dos naturais pela presença de linhas de crescimento curvas e bolhas de gás nos primeiros.