PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES

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No início dos 3000 a.C. começam a surgir as primeiras civilizações. Troianos, tinitas e sumérios iniciam sua saga definindo territórios, culturas, diferenças. Alguns desses povos antigos começam a definir seus cultos e culturas fazendo surgir novos ofícios como de médico, sacerdote, astrônomo e vidente, criando lastros místicos entre o homem e a natureza. No período conhecido como Idade dos Metais, ainda considerado anterior à História, a aproximação do homem com novas tecnologias e a expansão de sua noção de mundo, aliadas à sua relação com a natureza forma o novo ser humano do período que se inicia.

Em várias civilizações, impregnadas de uma visão entusiasta, idílica e utópica a Idade do Ouro é marcada como um período de grande abundância. É o período em que se começou a descobrir pepitas de ouro na natureza no estado de “pronto para usar”. O metal descoberto, tão semelhante, por seu brilho estimulante, ao sol, tinha características riquíssimas e profundamente novas. Não oxidava, fundia-se a si mesmo e com um valor ornamental sem igual. Por sua qualidade e beleza únicos, o ouro tornou-se um dos primeiros objetos ligados culturalmente e misticamente à ideia de conexão com o “outro lado”; uma dádiva vinda dos deuses é também um ótimo presente para estes mesmos deuses, uma forma de se conectar aos mortos, uma oferenda divina.

Escavações arqueológicas sugerem que o uso do ouro começou no Oriente Médio onde surgiram as primeiras civilizações conhecidas. As joias de ouro mais antigas foram encontradas na tumba da Rainha egípcia Zere da Rainha Pu-abi de Ur, na Suméria. Durante os séculos, a maioria das tumbas egípcias foram invadidas, mas a tumba de Tutancâmon foi descoberta inviolada por arqueólogos modernos. Dentro da tumba, foi encontrada a maior coleção de joias de ouro do mundo, e incluiu um sarcófago de ouro cuja qualidade mostrou o estado avançado da habilidade egípcia em trabalhar com ouro (segundo milênio a.C.).

O Império Persa, onde atualmente é o Irã, utilizou o ouro na arte como parte de sua religião. O trabalho em ouro Persa é muito famoso por suas esculturas de animais que foi modificado depois que os árabes conquistaram a área no 7º século d.C.

Jóia de Tutancâmon que está no Museu do Cairo

Valor Comercial

Quando Roma começou a florescer, a cidade atraiu artesãos talentosos que criaram joias em ouro em larga variedade. Depois, o uso do ouro em Roma se expandiu em artigos domésticos e mobílias nas casas das classes mais altas.

A ascensão do ouro foi significante para estabilizar a economia global, ditando que cada nação deveria limitar sua moeda corrente emitida à quantia de ouro que continha em reserva. A Grã Bretanha foi a primeira a adotar esse padrão em 1821, seguida em meados de 1870 pelo resto da Europa. O sistema permaneceu desse jeito até o fim da Primeira Guerra Mundial. Depois da guerra, foi permitido a outros países manter reservas de moedas correntes ao invés do ouro. No meio do século 20, o dólar americano já tinha substituído o ouro no comércio internacional.