Diante de tanta extravagância foi necessário produzir uma reação, fruto de um mundo com tanta turbulência. Os estilos pareciam parte de uma cultura que havia ignorado os horrores da guerra refugiando-se na nostalgia do passado e o surrealismo parecia mais fugir do que enfrentar os conflitos políticos existentes. Inspirados pela filosofia existencialista de Jean Paul Sartre ou pela prosa de Jack Kerouac, jovens buscavam novas formas de expressão.
Nos anos 40 iniciou-se uma revolução no mundo da bijuteria nos Estados Unidos que antecipou o movimento hippie rechaçando a descarada comercialidade dos produtos. Em São Francisco e Nova Iorque, artistas como Alexander Calder, Harry Bertoia, Sam Kramer, Rolphe Scarlett e Margaret de Patta voltaram sua atenção para a bijuteria feita à mão. Seus clientes eram intelectuais e boêmios que buscavam a gala fazendo frente aos calores capitalistas.
Em 1948 inaugurou-se na Walker Art Center de Mineápolis uma exposição itinerante intitulada “Joias Modernas Por Menos de 50 Dólares” onde se exibiam o trabalho de muitos dos novos artistas das joias. A crítica da época compreendeu que havia uma alternativa moderna para o ostentoso estilo em voga: no lugar do ouro, latão e cobre, no lugar de alardes figurativos, mini esculturas abstratas consideradas de tom suburbano.