SURREALISMO

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O movimento surrealista se movia em âmbitos peculiares e alucinantes, da forma mais cativante nas obras de Salvador Dalí, Leonora Carrington e René Magritte. Inspirados pela obra de Sigmund Freud, mais especialmente pela obra A Interpretação dos Sonhos de 1899, onde se propunha que a compreensão dos sonhos era o caminho para compreender o inconsciente, os artistas buscaram recursos de seu próprio interior, dando forma visual às justaposições mais inesperadas.

Desde 1924, Paris tornara-se tanto o centro da atividade surrealista como o da alta costura, fazendo com o que o encontro de ambas fosse apenas uma questão de tempo. Encontraram-se, por exemplo, na colaboração entre Elsa Schiaoarelli (1890-1973) e o pintor Salvador Dali. Ela, romana advinda de um ambiente muito intelectualizado, havia se mudado para Paris a fim de criar uma moda impactante mas também chique. Desenhou chapéus em forma de costeletas de cordeiro e cérebro à vista; botões em forma de palhaços de circo e acrobatas, além de bolsas em formato de jaula de cristal.

Na vitrine da sua boutique na Place Vendôme, Dalí montou uma estranha instalação com ursinhos de pelúcia rosa, sentados num sofá inspirado nos lábios da atriz Mae West. Figuras da alta sociedade como Daisy Fellowes usou seu estranho chapéu junto de um colar de contas em formato de aspirina; o cotidiano transformado em peças de moda.