A aplicação dos princípios da nova estética ao desenho em pequena escala se deu na Staatliches-Bauhaus, uma escola alemã de desenho, artes plásticas e arquitetura que empreendeu sua trajetória a partir de 1919 e teve seu fechamento forçado pelos nazistas em 1933. Sua filosofia “a função define a forma” se aplicou a todos os produtos feitos por este grupo de alunos e professores vanguardistas. Seu desenho devia ter “idoneidade funcional” e encontrou sua identidade visual nas linhas ergonômicas puras, como no caso da cadeira de aço tubular e lona de Marcel Breuer, uma clara ruptura frente à clássica poltrona de estofados para sentar-se junto ao fogo, ou nas mesas construtivistas de cristal e aço do visionário Ludwig Mies van der Rohe.
A Bauhaus instigou um conceito radicalmente novo: o desenho industrial. A escola abarcava o mundo dos processos industriais e a fabricação em série e via a indústria como o utópico caminho para o bom desenho doméstico. As românticas complexidades estéticas da Art Nouveau deram lugar a um desenho baseado nos elementos mais básicos. A vida começava a se dar demasiadamente depressa para admitirem-se distrações burguesas.